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lesão do colo uterino

Dra. Angela Maria Gollner y Dra Sonia Maria Neumann Cupolilo

CITO
Laboratório de Citopatologia,Ltda.
Av. Barão do Rio Branco 2555 Juiz de Fora
CEP 36010 Minas Gerais

Brasil
Comentado en:
PATOLOGIA
PATOCITO
 Historia Clínica
Paciente com 62 anos, portadora de prolapso genital, em uso de TRH combinada. Apresentou em dois exames de Papanicolaou, células como as demostradas na Foto_1.
Foi feita a conização por CAF e havia na mucosa endocervical, as alterações documentadas nas fotos seguintes.
Existem diagnósticos conflitantes para este caso, entre dois serviços de Patologia.
Gostaríamos muito de saber seu diagnóstico, comentários e orientação.
Imagen de lesão do colo uterino
Zoom
Papanicolaou, 100 e 200X.
Imagen de lesão do colo uterino
Zoom
HE, 100X.
Imagen de lesão do colo uterino
HE, 1000X.
Imagen de lesão do colo uterino
HE,1000X
Imagen de lesão do colo uterino
HE, 1000X.
 Iconografía
 Comentarios

 

El 18/6/2002 12:07, Romualdo Correia Lins Filho dijo:

Caras Angela e Sonia

Não tenho muita experiência com citologia, mas as imagens histológicas parecem corresponder a uma metaplasia tubária.

Abraços

Romualdo Correia Lins Filho

 

El 18/6/2002 17:08, Gustavo Sales Barbosa dijo:

Também concordo com o diagnóstico de metaplasia tubária. Quanto as atipias celulares, acho que são leves e de natureza reativa.

Um abraço

Gustavo

 

El 18/6/2002 22:23, Leopoldo E. Santamaría dijo:

favorezco la metaplasia tubaria. Excelentes imágenes.

 

El 19/6/2002 17:14, Marinez Barra dijo:

Metaplasia tubária (ciliada), porém as mitoses presentes, a falta de vacúolo pernuclear e um derto grau de amoldamento das células me faezem pensar num certo grau de atipia.

 

El 19/6/2002 23:57, Maria Isabel Edelweiss dijo:

Com as imagens da citologia, embora tendo dúvidas e com o benefício de n"ao ter que dar o laudo para o paciente, vamos discutir:

Para a primeira imagem de citologia, acho suspeita e daria como diagnostico citopatologico no m´´inimo um AGUS, mas acho que é um adeno in situ.

Na imagem seguinte da citologia, parece um HSIL.

Se as duas estivessem na mesma lâmina chamaria de Agus, favorecendo neoplasia, excluir HSIL.

Quanto as imagens da patologia, creio estarmos em frente de um adenocarcinoma in situ endocervical e n"ao ví explicitamente os c~ilios para chamar de metaplasia tubaria.

Nestes casos, , ainda nao se sabe muito bem o que fazer, mas acho que um cone já resolveria, ou melhor, se a les"ao tem distância das margens, para ,i, já estaria bom, embora se conheça pouco sobre a evolução dos adeno in situ do colo uterino. Uma coisa é certa : Faria Captura híbrida para HPV 18, pois há forte associação com adeno in situ ou não de colo.

Conduta para o médico, se HPV 18 positivo, rigoroso controle da evolução

Se n"ao controle 6, 12, 18 e 2 anos por citologia e captura anual e depois volta ao scrrening normal.

O difícil é saber como proceder com uma entidade que não se conhece muito como o adeno in situ.

Não concordo com os colegas que essas atipias sejam só reativas. Vamos discutir mais sobre isto!!! para aprender.

um abraço

Bueníssimas imagens

Maria Isabel Edelweiss

 

El 20/6/2002 10:08, Paulo Grimaldi dijo:

No exame citológico, eu daria diagnóstico de "atipias de natureza indeterminada em células de provável origem glandular".

No histológico, endocervicite crônica com metaplasia tubária no epitélio endocervical.

 

El 20/6/2002 21:40, Ricardo Drut dijo:

Hiperplasia atípica endocervical con metaplasia tubaria.

 

El 20/6/2002 21:45, Celso Rubens Vieira e Silva dijo:

Caros colegas, este caso me parece difícil porque trata de um aspecto da patologia cervical em que as definições não estão claras, não apresentam consenso e dependem ainda muito de subjetividade.

Creio que se trata de um epitélio glandular com atipias

(mesmo que se trate de transformação metaplásica ciliada).

Estas não me parece as de um quadro reativo habitual nem do padrão clássico do carcinoma endocervical "in situ" .

Faço então a opção por Displasia glandular endocervical".

Esta, embora não seja reconhecida por todos, é mencionada pela OMS:

“REFERÊNCIA

Definitions -

from the Histological Typing of Female Genital TractTumours,

World Health Organization, 2nd ed.

1. An endocervical glandular atypia is one that does not fulfill the criteria for glandular dysplasia-adenocarcinoma in situ, and may be associated with inflammation

2. Glandular dysplasia is characterized by significant nuclear abnormalities that are more striking than those encountered in glandular atypia but do not fulfill the criteria for adenocarcinoma in situ

3.In adenocarcinoma in situ , normally situated glands are lined by cytologically malignant glandular epithelium.

Assim eu penso e quero colocar esta possibilidade em discussão.Um abraço e salutos, Celso.

 

El 22/6/2002 3:07, Eduardo Sedano G. dijo:

Me parece que en el frotis se observan células basales y parabasales debido al hipoestrogenismo.

En los cortes histológicos se aprecia un epitelio atrófico,

mi diagnóstico es atrofia endocervical con metaplasia tubaria.

 

El 22/6/2002 10:02, Antonio Félix Conde dijo:

Metaplasia tubárica endocervical con leve atipia.
Hacer un comentario a este caso
 Diagnóstico
Displasia glandular endocervical .
 Comentario del Autor
Ao nível de epitélio cilíndrico cervical há um leque de lesões intraepiteliais glandulares cujas anomalias celulares se agravam progressivamente e que podem preceder o adenocarcinoma.

As etapas que precedem o desenvolvimento do carcinoma são mal definidas e alterações discretas na presença de glândulas normais, são o grande complicador no momento de reconhecê-las cito e histologicamente.

O número de casos de lesões glandulares tem aumentado em função de amostras mais representativas com o uso de escova e uma maior cobrança em nossos laudos da adequacidade da amostra, além da associação destas lesões a presença do HPV 16 e 18.

O termo displasia glandular endocervical tem sido usado para glândulas endocervicais com aumento da celularidade e atipia celular. Alguns autores estratificam as displasias em baixo e alto grau. Na realidade acreditamos que há um contínuo de atipia nuclear, aumento do número de células por glândulas, perda da mucina, estratificação e algumas vezes super imposição à metaplasia tubária. Desta forma não usamos a estratificação em baixo e alto grau.

Dentro de nossa casuística já observamos casos de Adenocarcinoma“in situ”em que estas alterações são observadas como se fosse um processo evolutivo e na sua quase totalidade a metaplasia tubária está presente como um back-ground. Na metaplasia tubária o polo apical é acentuado pelo alinhamento dos corpúsculos basais que apresentam cílios, os núcleos tendem a ser basais, ovais e possuem cromatina finamente granular com nucléolo aparente.

No caso apresentado as alterações não se restringem ao padrão metaplásico somente, pois as alterações de natureza displásica podem ser observadas indubitavelmente.

Diagnóstico Diferencial:
Metaplasia tubária: ocorre entre 30% e 100% das amostras cervicais completamente examinadas, mais freqüente na porção superior do canal, e envolve tanto a porção superficial quanto profunda das glândulas, não está associada com irregularidade glandular ou proliferação intraglandular, o número de mitoses é escasso. Na displasia e adeno o envolvimento ocorre mais próximo a JEC e porções mais superficiais das glândulas.

Outros Diagnósticos Diferenciais: Endometriose cervical; Endocervicite com atipia reparativa; Reação de Arias-Stella; Papiloma Mülleriano.
 Bibliografía
1. Burja IT, Thompson SK, Sawyer WL Jr, Shurbaji MS.
Atypical glandular cells of undetermined significance on cervical smears. A study with cytohistologic correlation.
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2. Chin AB, Bristow RE, Korst LM, Walts A, Lagasse LD.
The significance of atypical glandular cells on routine cervical cytologic testing in a community-based population.
Am J Obstet Gynecol. 2000 Jun;182(6):1278-1282.

3. Cox JT.
ASCCP practice guidelines: management of glandular abnormalities in the cervical smear.
J Lower Gen Tract Dis 1997; 1:41-45.

4. Crum, Christopher P., Nuevo, Gerard J. and Lee, Kenneth R.
The Cervix, chapter 52: 2155-2197.in Diagnostic Surgical Pathology, Third Edition, edited by Stephen S. Stemberg 1999.

5. Eddy GL, Strumpf KB, Wojtowycz MA, Piraino PS, Mazur MT.
Biopsy findings in five hundred thirty-one patients with atypical glandular cells of uncertain significance as defined by the Bethesda system.
Am J Obstet Gynecol. 1997 Nov;177(5):1188-1195.

6. Goldstein NS, Ahmad E, Hussain M, Hankin RC, Perez-Reyes N.
Endocervical glandular atypia: does a preneoplastic lesion of adenocarcinoma in situ exist?
Am J Clin Pathol. 1998 Aug;110(2):200-209.

7. Schindler S, Pooley RJ Jr, De Frias DV, Yu GH, Bedrossian CW.
Follow-up of atypical glandular cells in cervical-endocervical smears.
Ann Diagn Pathol. 1998 Oct;2(5):312-317.

8. Valdini A, Vaccaro C, Pechinsky G, Abernathy V.
Incidence and evaluation of an AGUS Papanicolaou smear in primary care.
J Am Board Fam Pract. 2001 May-Jun;14(3):172-177.
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